Direção: Catherine Hardwicke
É um dos filmes mais esperados do ano, primeiramente pela proposta de mostrar um lado mais romântico e adulto do clássico Chapeuzinho Vermelho, e segundo por ser da mesma diretora do sucesso Crepúsculo.
Primeiramente, achei a tradução do título meio comercial demais, para "Red Riding Hood". Tudo agora é "A garota/o garoto" alguma coisa, vide "A garota que roubava livros, que não sabia ler, do livro, dos pés de vidro, O garoto do pijama listrado, da casa ao lado..." Enfim, mas o filme não tem culpa disso, já que a tradução é responsabilidade da distribuidora aqui no Brasil.
Voltando ao filme em si, conta a história de Valerie (Amanda Seyfried), uma jovem que vive em um vilarejo com seus pais e irmã. Ela acaba de ser prometida em casamento para Henry (Max Irons), um rapaz rico do vilarejo. No entanto, ela é apaixonada pelo lenhador Peter (Shiloh Fernandez) e os dois decidem fugir, mas o ataque de um lobisomem, que mata a irmã de Valerie, atrapalha os planos de fuga dos pombinhos.
O enredo do filme circula em descobrir quem é o lobisomem, quando durante um ataque ao vilarejo, ele conversa com Valerie e promete que só abandonará aquele povo se ela for embora com ele. Isso torna o filme completamente caricata e ridículo. Um lobisomem perigosíssimo e violento que de repente se torna bonzinho e se preocupa com a protagonista? Acho que conheço essa história de algum lugar, hein, Jacob?
O lobo perde completamente sua autonomia original e você perde completamente o medo dele nesse ponto do filme.
As suspeitas começam a girar em torno de vários personagens, como Henry, Peter ou a própria avó da garota. Desculpem, talvez isso soe como um spoiler, mas não é.
Se eu pudesse definir o filme com uma palavra, ela seria "injusto". É tudo muito corrido (e, por esse motivo, vazio), personagens de quem você acaba gostando acabam morrendo por motivos frívolos e inesperados, a protagonista que é muito boa atriz é tão songa-monga e inerte quanto a Bella de Crepúsculo e não diz a que veio (talvez seja mal de personagem... ou de diretora), e segue a mesma fórmula vamos-fazer-sucesso-com-dois-pretendentes-maravilhosos-querendo-a-mocinha utilizada na saga Crepúsculo.
O filme tem muito suspense e pouquíssima ação. Tem vários indícios de romance, mas nenhuma cena realmente romântica. Promete uma história bem desenvolvida de tirar o fôlego, mas não cumpre, encaixando apenas cenas ligeiramente apreensivas e, mais uma vez, injustas. E o final é do tipo que eu odeio: indefinido e ambíguo. Você tem que ficar deduzindo o que aconteceu com as personagens e fica se perguntando se vai ter uma continuação (chamada de "Lua Cheia", talvez?)
Tinha tudo pra ser um grande filme, talvez vencedor de vários prêmios pela excentricidade do contexto e das referências que faz à obra original, mas deixa muito a desejar provavelmente por culpa da direção que, assim como em Crepúsculo, tornou o filme tosco e comercial demais, sem se preocupar muito com a arte de causar impacto, dominada por muito poucos na indústria cinematográfica atual.
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Links
Trailer legendado - http://bit.ly/gMSZy4
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